quinta-feira, 24 de julho de 2014

Autobiograia de Irundy Dias ( página 175 )

HOMENAGEM A AFFONSO MANTA

                                                                        RUY ESPINHEIRA FILHO   


A vereadora Zezel Leite, de Poções, confirmou-me a notícia: a antiga escola estadual Luiz Viana Filho foi municipalizada e hoje se chama Affonso Manta Alves Dias – nome completo do poeta Affonso Manta. Nada mais justo, já que ele, embora tenha nascido em Salvador e passado a infância em Iguaí (então distrito de Poções), foi naquela cidade que morou quase toda a vida – com exceção do tempo em Iguaí, dos anos de estudo em Salvador e dos que viveu no Rio de Janeiro, como inspetor dos Correios e Telégrafos. Aposentado por motivos de saúde,retornou a Poções e lá permaneceu de 1975 até sua morte, em 2003. 
A poesia de Affonso Manta é marcada de profundo lirismo, oscilando (como dividi a antologia que dele organizei e foi lançada no ano passado) entre a poética confessional, a amorosa, a de temática variada e a de cunho religioso ou místico.Minha amizade com o poeta começou na juventude: eu com treze ou catorze anos, ele com dezesseis ou dezessete. Todas as tardes nos sentávamos no coreto do jardim de Poções, ao lado da velha Matriz, perto da qual ele viveu grande parte da vida, e conversávamos até depois do crepúsculo. Ou, mais exatamente, ele falava e eu escutava — maravilhado com aquele rapaz que já tinha lido tanto e se referia desenvoltamente a ficcionistas, filósofos, sobretudo a poetas e poesia.
            Nossos contatos se intensificaram a partir de 1961, quando vim estudar em Salvador, onde ele já se encontrava. Poeta respeitado, boêmio impenitente, foi quem me apresentou a pessoas brilhantes da literatura e das artes — como Carlos Anísio Melhor, Fred Souza Castro, Jehová de Carvalho e Ângelo Roberto, entre outros. De personalidade muito complexa, foi ele um solitário e um boêmio. Seu lirismo é pungente, às vezes delirante, muitas vezes sábio e compassivo. A sua poética é densa de magia, como se lê em “Lá vai Affonso Manta”, que assim começa: “Com estrelas na testa de rapaz./Com uma sede enorme na garganta,/Lá vai, lá vai, lá vai Affonso Manta/Pela rua lilás.” A pungência do confessional pode ser exemplificada pela primeira estrofe de “O realejo de vinho”: “Para quem me queira ouvir: /Sou um homem aos frangalhos. /Parte por culpa de tudo. /Parte por culpa de nada.” De seu lirismo de sabedoria, colhemos o final de “Criação”: “Crie esses bois de chifres de açucenas/Que pairam nos céus das manhãs serenas.(...)/Crie raiz no amor de uma mulher/E espere calmamente o que vier.”
Affonso foi poeta pouco conhecido.Mas reservei alguns exemplares da sua antologia para enviar a escritores, críticos e leitores especiais pelo país afora, despertando manifestações de admiração e de espanto pela descoberta de um autor tão importante e de quem nunca tinham ouvido falar.
            O nome do poeta numa escola honra o poeta – e principalmente honra a cidade em que ele viveu e que sempre amou. Nomes de políticos e apaniguados são dados a tudo, sem falar nos abominavelmente vergonhosos. Todas as cidades estão densamente poluídas por tais excrescências e ninguém parece se incomodar com tamanho horror. Portanto, é algo que lava a alma ver o nome de um poeta ser lembrado. De parabéns Affonso Manta, Poções - e a poesia brasileira.


                                                                       A TARDE, 24/07/2014

Como sempre, o nosso amigo Ruy Espinheira Filho,investiga, capta e expõe tudo aquilo que deve ser dito e escrito para homenagear o nosso mano Affonso.Com a sua pena ( hoje se chama lapiseira, caneta)exuberante, elogia a quem merece e chafurda toda essa camarilha de vadios e desocupados .
Obrigado mais uma vez Ruy
( Esse artigo de Ruy Espinheira Filho fará parte integral  da minha Autobiografia.)

     
                                          Irundy Manta Alves Dias

Autobiografia de Irundy Dias ( páginas (171,172,173 e 174 )

.Enquanto Sybele e Mercês, já findavam o seu compromisso escolar, onde cada qual por sua livre escolha, seguiu o curso que quis,e vale frisar bem, sem interferência nem de Papai e nem de Mamãe. Sybele concluiu a Faculdade fazendo Administração Pública, sendo hoje em dia, uma das mais eficientes funcionárias do Estado da Bahia. É pena para “eles “, pois Sybele está prestes a se aposentar.
Mercês, por sua vez terminou o Curso de Química Industrial. Fez estágio no Pólo Petroquímico, porém“enrolaram” tanto a garota, que eu tive de trazê-la para Poções e ela foi lecionar Química no Curso de Magistério da CNEC.
Enquanto isso, chegava a vez de Dino e Guga,começando  cursar a quinta série na CNEC.
Em janeiro de 1984, Lago me cedeu a compra de um Passat, em suaves prestações, Eram apenas 13 ( um ano e um mês). Acontece porém ,que quem nunca viu a inflação de perto, imagine que a primeira prestação por minha conta foi, de 57 cruzeiros, e aí num crescendo estonteante, treze meses depois ,paguei a última, no valor aproximado a seiscentos cruzeiros.
Num belo dia de fevereiro, combinamos Nó e eu, em darmos um passeio em Maceió, para ver se o carro era bom mesmo.       Era !
Mercês, Dino e Guga viajaram no banco traseiro do carro. Sybele que andava de namoricos com Luiz Eduardo,em Salvador, avisamos, para seguirem de lá mesmo.
Ajeitamos todo o material possível e lá fomos nós , saindo daqui de Poções, cerca de 4 da matina.Uma pequena parada em  Milagres para reabastecimento e um pequeno descanso, seguimos em frente até darmos outra parada nas cercanias de Aracajú, quando almoçamos, com tudo preparado de véspera por Dona Nó.A viagem continuou até Maceió e lá chegamos pouco depois das três e meia da tarde. Um calorão tão ferrado que estacionamos o auto em frente a um Hotel de boa aparência. Havia uma tabuleta com os preços das diárias e aí nós ficamos confabulando, quando apareceu um senhor de meia idade e nos perguntou sobre a hospedagem.
---Se vocês não se incomodam em ficar fora do centro, mas numa área de bom acesso, eu tenho uns chalés a 16 Km daqui. Posso levá-los sem compromisso.
Combinamos segui-lo a alguns minutos depois chegamos num lugarejo com seis chalés compostos por fora, de um andar térreo e um primeiro andar. Lá dentro, na parte térrea, haviam duas salas, uma cozinha, despensa a em pequeno sanitário. Dois dormitórios localizavam-se no andar superior e tudo aquilo encheu as vistas de todos. Era bem melhor de que ficar num apartamento do hotel. Acertado o preço para sete dias, por ali ficamos.
O chalé possuía todo o necessário para uma boa acolhida. Geladeira, fogão a gás,com gás é claro. Louças, talheres, copos, taças, papelhigiênico, guardanapo e toda essa quinquilharia miúda para um funcionamento de cada chalé.

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Em frente ao chalé, havia um chuveiro, que servia para tirar a areia de cada pessoa que viesse da praia e obrigatoriamente passaria por ali.
Eram seis chalés, mas nem todos ainda estavam ocupados. Os vizinhos, principalmente e a maior parte provenientes do sul do país,ficavam fazendo gozação com Sybele e Mercês, porque quando ao conversavam conosco ,diziam:
---Painho !Mâinha ! Vamos à praia ?
A gozação partia por causa das expressões “painho e mãinha “, por que de onde eles vieram eram acostumados a falar: meu pai, minha mãe  e assim por diante.
Certa noite .nós fomos à pé conhecer de perto ,uma vila de pescadores ali próximo. Havia uma pracinha rústica, com banquinhos de madeira em volta. Uma TV supria as necessidades de todos, mostrando os programas principalmente da Globo. Num dos casebres, febrilmente, umas mulheres trabalhavam em algumas fantasias e através de indagações, soubemos que nos três dias de Carnaval ( domingo ,segunda e terça), eles iriam desfilar entre os casebres e finalmente brincar no meio da pracinha.Fomos convidados a participar do Carnaval com eles .
Fomos! Mas acontece que não era o que eu estava imaginando.O grupo saiu enfileirado, um após o outro(fila indiana,  chamada) ,tocando instrumentos e cantando,o que fez nos lembrar os ternos de Reis daqui de Poções, com a mulinha toda multicolorida.Além de tudo isso recolhiam dinheiro, talvez para financiar os gastos já efetuados.
Numa daquelas manhãs, quando desfrutávamos de um bonito dia de sol, na praIa, eis que surge repentinamente um rapazinho de seus dezesseis anos, carregando uma corda de lagostas . Eram cinco. Três menores e duas bem grandes. Aproximou-se de nós e ofereceu o preço:
---oito cruzeiros ---disse  ele, com vontade de vender mesmo. Colocando o preço que se usa hoje em dia na base do real, compramos as cinco lagostas pela bagatela de uns trinta reais.
Como ninguém sabia preparar nenhum prato, levamos essas lagostas e lavamos inicialmente no próprio chuveiro que ficava defronte ao chalé. Lá dentro então, fizemos um novo asseio. Colocamos num caldeirão bem grande, água, sal, azeite doce e um pouco de limão.Depois de cozidas, as lagostas serviram como tira gosto, acompanhando umas cervejinhas geladas. Até chegarmos a hora do almoço ,que na maioria das vezes nos alimentávamos num restaurante ali próximo  do outro lado da pista . O nome chamativo e interessante” AKI CASÉBRIO “.Uma duas noites seguidas, fomos jantar em restaurantes na orla de Maceió, não muito pela variação de sabores, mas por curiosidade, para apreciar o Carnaval da Cidade.Novamente fez –me lembrar os antigos desfiles da CNEC, com fanfarra e as alunas na frente servindo de balisas, e aquele todo movimento, com o grupo atrás, tocando os instrumentos de percussão e de sopro.
A simplicidade era tamanha que não havia motivo para a mudança daquele esquema.
Foi agradável. Uma semana diferente do habitual, que deixou a todos, satisfeitíssimos.
                      

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É interessante observarmos que no ano de 2013, centenas de amigos nossos, através do Facebook trocaram ideias, analisando a possibilidade de um reencontro entre aqueles que “curtiram” muito  os anos 80 e de fato, durante os Festejos ao Divino Espírito Santos , um grande grupo se reuniu, ostentando até um certo tipo de camiseta, que fazia alusão ao evento.

Quando Sybele e Mercês concluíram os seus cursos não tão de imediato foi o seu aproveitamento.

Mercês praticamente ficou sendo “enrolada” pelas empresas do Pólo Petroquímico, naquela base do “ vamos ver “. E aí para não perdermos tempo, a colocamos para lecionar Química no Curso de Magistério da CNEC

Estávamos em plena gestão do Sr Otávio Curvêlo e durante esse período, vimos a Itália e a Argentina serem campeões mundiais de futebol.

Ao adquirirmos em mãos de Lago, um Passat novinho, botamos o “pé na estrada”. Aquela viagem, começou às 4 horas da manhã de um certo dia e as primeira parada aconteceu para almoçar, em Feira de Santana. Quase ao fim da tarde, já estávamos estacionando o veículo, no setor próprio de um dos hotéis bons da orla de Maceió. Como a nossa aventura era de conhecer e tambémrecordar  algumas capitais do Nordeste,logo cedo, na sexta feira, seguimos para Recife. Na capital pernambucana, que ainda não conhecíamos, ficamos o restante de sexta feira e no sábado cedo, conseguimos através do Hotel, um rapaz que nos ajudasse aconhecer Olinda , onde passamos  agradáveis horas.À tardinha, retornamos ao hotel depois de termos agradecido ao rapaz pela condução do passeio. Depois do jantar, demos um passeio pela orla, sentindode perto a brisa do mar. No domingo, após o café da manhã, prosseguimos em direção a João Pessoa sentindo que o sol lá fora do carro estava escaldante. À medida que nos aproximávamosda praia, mais o calor fazia-se sentir. Os hotéis não eram iguais aos de Maceió, porém à noite ao passearmos, descobrimos razoavelmente um bem melhor e ali jantamos, ouvindo música ao vivo. Como a distância a ser percorrida entre João Pessoa e Natal, era bem menor, antes de seguir viagem, fomosconhecer parte mais oriental do Brasil que fica na ponta do Cabo Branco.Há pouco mais de um ano, em fevereiro de 1013, fizemos uma nova visita ao local, que se acha bem modificado, colocação de dezenas de barracas, vendendo miudezas como lembrança aos turistas e uns poucos bares.

                           

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 Na segunda feira, então partimos para Natal. Ainda não estava sendo explorada turisticamente, mas o fatoé que não conseguimos  alojamento digno nos poucos hotéis da orla. O consolo foi seguirmos em frente e em Mossoró no Thermas Hotel e Resort, conseguimos nos alojar.No dia seguinte, fomos verificar de perto as condições físicas do Hotel.O conjunto de piscinas interligadas, nos fez atrasar um pouco a viagem, pois daquele tipo ainda não  tínhamos visto.Nas duas primeiras piscinas, você sentia e via de perto a fumaça que se desprendia do seu interior. Então resolvemos desfrutar de um banho morno e escolhemos uma piscina na ponta do dedo.Até uns patinhos estavam ali por perto.Um pouco afastados vimos, vacas, cavalos, perus e outros animais. Eraum Hotel interessante e por isso mesmo,saímos mais tarde, em direção a Fortaleza.

Na capital cearense, residiam a irmã de Nó, por nome Jurimar, casada com um funcionário do DNOCS(Departamento Nacional de Obras Contra as Secas),por nome Hélio e o seu filho Ícaro. Ali ficamos hospedados com eles por uma semana e ao regressarmos a Poções, escolhemos o trecho menor, passando por Petrolina e Juazeiro onde pernoitamos..


Os acontecimentos que se seguiram, tiveram uma evolução muito rápida, não nos deixando respirar direito.Assim é que no meado de março, Sybele telefona de Salvador, avisando que os papéis, para o próximo casamento dela, já haviam sido publicados.

                                                                              
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Autobiografia de Irundy Dias ( páginas 176 , 177 )

Foi uma cerimônia simples na Igreja, mas com alguns toques de requinte em nossa residência. Os convidados, foram apenas os parentes de Luiz Eduardo que se deslocaram em caravana, de Salvador para cá e os nossos que já militavam nessa área. E a festinha prolongou-se até as duas da matina. Era a noite de 19 de abril de1984.No meio dessa estória toda, Mercês, arvorou-se em casar também e alguns meses depois, ou seja no dia 2 de fevereiro de 1985, realizamos  o casamento da segunda filha.. que vingou logo, como dizem os entendidos. Assim é que no ano seguinte em 1986, no dia 20 de fevereiro, nascia o nosso primeiro neto que recebeu o nome de Yuri e também se tornou o nosso afilhado .
Dias depois apareceu em nossa residência, uma senhora bem apessoada, por nome Gerusa e no influenciou a fazer uma excursão ao sul  do País. No roteiro,constavam saída de Vitória da Conquista, passando por Vitória, no primeiro dia e seguindo pelo Porto de Tubarão,Cachoeiro do Itapemirim, Escada e outras cidades menores ali próximas.O almoço foi servido num restaurante italiano que primava, pela quantidade de massas  servidas.Na ida, seguimos diretamente ao Estado do Paraná,passando por Cascavel e fomos nos alojar num hotel em Foz do Iguaçu.Apesar do relógio já marcando 21horas, o dia estava completamente claro, aliando-se a Isso, o fuso horário e estarmos também na parte oeste do País. Não perdi tempo para dar as nossas informações a Gilmar,meu genro, Agrinaldo, Jeovert e José Laranjeira, que trabalhavam à noite na CNEC.
---Aqui já escureceu, faz muito tempo--- Disseram  daqui de Poções, a pessoa que atendeu o telefone.
---Pois aqui em Foz o dia ainda está claro e com sol ,diga=se de passagem—comentei do outro lado da linha.
Depois de rápido passeio, em Puerto Stroessner. onde a maior parte da turma, adquiriu muitas bugigangas ( tipo sacoleiras),voltamos ao Hotel para dormir.
Na manhã seguinte, como tudo estava tudo escuro, procurei olhar no mostrador do meu relógio que horas estava marcando. Pasmem! ! Oito horas manhã! Não se percebia nenhuma claridade dentro do quarto .Nó perguntou, como sempre fez ao vida toda ao meu lado :
---Dy, que horas são ?
---Nó, pode continuar a dormir. O dia nem clareou.
Assim que todos os participantes da excursão, se arrumaram, saímos de ônibus, agora com destino à outra fronteira da Argentina indo até o marco,            que nos mostra  o tríplice encontro das fronteiras do Brasil, Argentina e Paraguai. Muitas fotos! Paisagem exuberante!
Um rio cortando lá em baixo e banhando as três margens. Era o Rio Paraná.
Uma visão indescritivrel  !
                                                                                                                                                                                 176

Ao mesmo tempo em que fazíamos a excursão, acompanhamos os jogos da Copa do Mundo no Mexico.Uns dois dias depois, estávamos na região de Gramado e, Canela e eram quase meio dia. Uma fome já atravessava os meus compartimentos estomacais.O ônibus da excursão estacionou em frente a uma cabana rustica ,Uns companheiros, acostumados em frequentar aqueles ambientes ,já de outros passeios,foram logo se acomodando ao longo das mesas.O pessoal batisara aquele local com o nome de "CAFÉ COLONIAl".Nóélia e eu, nos acomodamos. Cada mesa retangular era formada pela junção  de três mesas quadrangulares no comprimento É claro que não havia lugar marcado.Ao sentarmos, começamos a observar o ingredientes colocados sobre as mesas. E aí aos poucos vimos que  todas as jarras de vidro, estavam cheias com leite quente ou gelado.;Café quente,vinho branco vinho tinto, chocolate quente,chá quente ou gelado. Os comestíveis vinham dispostos  em pratinhos que poderiam ser utilizados por uma ou mais pessoas, a depender da fome e do aceite daquele prato, pelos circunstantes.Como citei em linhas .atrás, desforrei, comendo de tudo o que havia nos pratos. Para completar aquele café colonial, ainda havia bolos de tapioca, de chocolate seguindo-se uma  variedade de sorvetes com sabores de frutas. Depois então, de pagarmos pela refeição, todos se recolheram às suas poltronas e dali fomos conhecer a Cidade de Gramado , que por sinal é bem próxima à Cidade de Canela.Havia uma praça, onde o pessoal entrava nas lojinhas,  para adquirir lembranças da região,
Não sei dizer  de fato o que me sucedeu. O certo é que o pouco tempo que passei dentro da Igreja de Canela,senti-me numa gande satisfação que durou horas, mesmo tendo conhecido algum tempo depois  outras Cidades da região, como Garibaldi ,Novo Hamburgo e Caxias..
No hotel, vimos  a saber que a Argentina sagrara-se campeã de futebol do mundo, no México , com um golzinho de mão feito por Maradona que o juiz aceitou ou fez que não viu.Isso está registrado na História.



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quarta-feira, 23 de julho de 2014

Autobiografia de Irundy Dias ( páginas 169 e 170 )

Desde a ida de Sybele e Mercês a Salvador, para a continuação dos seus estudos, as  preocupações aumentaram, pois alem da ambientação das mesmas, junto aos Colégios, havia e bem maior o fato da acomodação.
Assim é que,ficaram um ano inteiro, com Tereza Martins, cunhada do mano Armando, que tendo de voltar de PAULO AFONSO, COM A FAMÍLIA,nos ajudou, recebendo-as a fazer companhia com Tereza e diga-se de passagem, uma ótima companhia.
E  aí, quando comecei a rascunhar no ano passado, essa passagem da minha autobiografia, eis que  surge no FACEBOOK, o movimento da turma dos anos 80, com aquela troca de mensagens, até culminar naquele encontro belíssimo, num reencontro muito lindo entre aqueles, que de fato participaram de muitos detalhes da década acima mencionada.
Logo no ano seguinte com o retorno de Armando e família, Sybele e Mercês mudaram de pouso e tornaram-se hóspedes de umas descendentes de italianos, que no tempo da escolaridade de Nó, receberam-na com toda a amabilidade possível, tornando a convivência de Nó a mais agradável. E anos depois a estória repetiu-se com as chegada das duas filhotas Sybele e Mercês.  Entretanto, porque o Colégio não era tão próximo, as duas, a convite das meninas de Benito Schettini, foram de muda, desfrutar do novo ambiente em companhia de Teinha, Suzana e José Benito. Por sinal, todos eles foram contemporâneos e colegas , quando estudaram na CNEC aqui em Poções. Mais adiante, as duas meninas, foram também hóspedes de Benevaldo Rocha e a Doutora Larentina.
Um pouco mais na frente, Sybele e Mercês alojaram-se num pensionato situado no Politeama e ainda depois ,já agora em companhia de Maria Rita e Viviane, conseguiram alugar um apartamento na Avenida Sete de Setembro, trecho compreendido entre Piedade e o Colégio Nossa Senhora das Mercês. Nesse pula-pula mencionado, levaram alguns anos e alguns registros poderão ser citados, como no dia em que logo cedo, telefonamos para elas duas comunicando que o vovô Ary havia falecido, e o sepultamento dar-se-ia ao final da tardinha e apesar do corre-corre, elas duas conseguiram chegar a tempo.
Mercês, que já galgara passar no vestibular,ingressou na Faculdade ,sendo aprovada no Curso de Química Industrial e mais adiante na época do estágio, teve a ajuda do seu tio Armando, que já trabalhava no Polo Petroquímico . No ano de 1976,para cá, houve dois registros a ser considerados nessa narrativa: no âmbito federal, houve em dezembro o falecimento do ex-Presidente João Goulart que estava exilado no Uruguai.
Por sinal, há dias atrás houve uma conversa de que o mesmo havia sido assassinado, mas parece-nos que nada provou-se  de verídico.

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No âmbito Municipal  verificou-se a criação do Ginásio Estadual Dr. Roberto Santos, abrindo mais um leque para a formação cultural dos jovens desta Terra. Com o advento do mesmo, abriu-se uma lacuna no Colégio da CNEC,  onde mais de 200 alunos solicitaram transferência, num único mês, mas as águas foram passadas por debaixo da ponte e a CNEC resistiu bravamente.
No ano seguinte, fui pela primeira vez participar de um Congresso Internacional de Odontologia, que foi realizado no Rio de Janeiro, nas imediações do Maracanã. A esse respeito, agradeço à minha saudosa cunhada Amélia, pois através dela tivemos hospedagem gratuita no Rio . Era uma amiga de Amélia, casada, mas o marido passava a maior parte do tempo em São Paulo, a negócios e somente uma filha única, estudante, residia praticamente sozinha num apartamento situado em Copacabana. E foi ali que ficamos. No primeiro dia do Congresso, fizemos camaradagem com o motorista do táxi que nos levou e no final saiu tudo bem, porque ele nos servia e ao mesmo tempo já tinha logo cedo e à tardinha, uma corrida garantida.Foi uma semana agradabilíssima. Compramos alimentos para o café da manhã e da tarde, enquanto o almoço era servido no próprio local do Congresso. De fato não tivemos nenhum contato  com o pai da garota. A mãe só a vimos duas vezes, na nossa chegada e na saída. E a garota de seus 13 a 15 anos, víamos raramente à noite.
Vale salientar também, que nesse mesmo ano participamos da IV Jornada Bahiana de Odontologia, realizada em Salvador.
Aqui em Poções, tivemos a eleição de um dos melhores prefeitos desse Municipio, na pessoa do Sr. Otávio José Curvêlo.
De minha parte, concluira o meu mandato como Presidente da ACASCP e para facilitar a vida do novo Presidente, que recaiu na escolha do associado Romano Schettini, deixei um grande buraco numa das laterais do terreno, para que a próxima Diretoria, começasse a construção de uma piscina, anseio da maioria dos associados. Felizmente o trabalho teve êxito, mas o mandato de dois anos, foi pequeno para a grande tarefa deixada para Romano. E assim ,a piscina só foi considerada “ pronta” , já na gestão do sócio Rocco D”Antonio.
No meio da década tomamos a iniciativa de começar a construção da nossa casa e aos poucos fomos adquirindo os materiais necessários, como pedra, brita, areia,blocos e até  telhas, pois apareceu um  moço vindo do Ceará e informado que iríamos iniciar a construção, nos vendeu.
Num desses janeiros ensolarados,Lago havia nos passado a compra à prestação de um Passat Como todo o nosso pessoal estava de férias, escolhemos um dia bem lindo e partimos para uma aventura. No banco  traseiro se alojaram Mercês, Dino e Guga e na frente, foram sentados o casal mais simpático que eu tenho notícia: Dy e Nó. Destino : Maceió. Aproveitamos então , para avisar a Sybele, para que de Salvador fosse com Luiz Eduardo.

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quarta-feira, 16 de julho de 2014

Autobiografia de Irundy Dias ( páginas 164 até 168 )

Copa do Mundo FIFA de 1978
Copa do Mundo FIFA de 1978 foi a 11ª Copa do Mundo disputada, e contou com a participação de 16 países. 107 países participaram das eliminatórias. O campeonato ocorreu na Argentina.
Foi uma copa cercada de polêmicas. Muito se deveu ao clima político vivido na Argentina. O país vivia uma brutal ditadura imposta pelos militares, que viram na organização do torneio a oportunidade ideal para popularizar o regime e promover a distração nacional dos problemas políticos e econômicos. Uma autêntica política de "pão e circo".
O craque holandês, Johan Cruijff, se recusou a jogar a Copa, supostamente como forma de protesto contra o regime militar. A organização também apresentou muitas falhas. Os estádios ficaram, em alguns lugares, prontos na última hora, e por isso os gramados recém-plantados se soltavam sob os pés dos jogadores.
Enquanto a Argentina sediou quase todos os seus jogos em Buenos Aires, os principais rivais faziam um "tour" pelo país, se desgastando com longas viagens.
No grupo da Argentina, a Itália roubou a cena e venceu os seus três jogos da primeira fase. Com um gol de Bettega, despachou os donos da casa, 1 x 0. Era a geração de Paolo RossiConti e Scirea começando a brilhar. A Argentina venceu Hungria e França, ambas por 2 x 1 e ficou com a segunda vaga. O bom time francês não levou sorte e acabou eliminado. Craques como RocheteauPlatiniTigana e Six brilhariam mais quatro anos depois (Marques, Armando - 2002 - "Todas as Copas do Mundo").
No grupo do Brasil, outro drama pós-70. A seleção canarinho, perdida em meio aos malabarismos táticos do técnico Cláudio Coutinho, não empolgava. O time era lento, apático e não se encontrava. Possuía dois jogadores da verdadeira linhagem de camisas 10, Zico e Roberto Rivellino(tricampeão em 1970), mas nenhum dos dois brilhou. No primeiro jogo, o Brasil empatou com a Suécia por 1 x 1. Neste jogo uma curiosidade: no último lance do jogo, há um escanteio a favor do Brasil. A bola é centrada na área e Zico marca um gol de cabeça. Mas o árbitro galêsClive Thomas anulou o gol, argumentando que encerrou o jogo com a bola no ar, após o córner. O Brasil ainda empatou com a Espanha em 0 a 0. E só se classificou ao vencer a Áustria no terceiro jogo, 1 x 0, gol deRoberto Dinamite. Mesmo com a derrota, a Áustria, que vencera os dois primeiros jogos, ficou com a outra vaga.
A delegação da Argentina com 22 dos 25 pré-convocados. No alto, da esquerda para a direita:PassarellaOlguínLarrosaLuque, o técnico Menotti,BertoniPagnanini e Oviedo; no meio, VillaBottaniz,BaleyLavolpeFillolTarantini e Killer; abaixo, Bravo,GallegoOrtizArdilesHousemanRubén Galván,Valencia e Luis Galván. Faltam na imagem Maradona(que seria cortado junto com Bravo e Bottaniz),Alonso e Kempes.
                                                     
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A Holanda, sem Rinus Michels e Cruijff, não era a mesma e também teve dificuldades em se classificar. Venceu o fraco Irã por 3 a 0, depois empatou com o Peru em 0 a 0 e perdeu da Escócia por 3 a 2. O Peru foi a grande sensação do grupo, com seu futebol clássico e técnico, que tinha Teófilo Cubillas como seu principal artífice. Venceu, ainda na primeira fase, a Escócia por 3 a 1 e goleou o Irã por 4 a 1.
Alemanha Ocidental e Polônia dividiram as vagas de seu grupo entre si sem maiores dificuldades. Neste grupo, a Tunísia fez história ao conquistar a primeira vitória de uma seleção africana em copas, 3x1 no México.
Estavam na segunda fase: Argentina, Peru, Brasil e Polônia no Grupo A e Alemanha, Itália, Países Baixos e Áustria no grupo B.
Na segunda fase, a "Laranja Mecânica" reencontrou seu melhor futebol e embalou na Copa: goleou a Áustria por 5 x 1; empatou com a Alemanha Ocidental em 2 x 2 e ganhou da favorita Itália 2 x 1, conseguindo uma vaga para a final.
No grupo de Brasil e Argentina, o maior escândalo da história das Copas. O Brasil, modificado com as entradas de Rodrigues NetoJorge Mendonça e Roberto Dinamitenos lugares de EdinhoZico e Reinaldo, se recuperou da apatia da 1ª fase e venceu o Peru por 3 a 0. A Argentina passou pela Polônia por 2 a 0. Em Rosário, argentinos e brasileiros duelaram numa verdadeira batalha, mas o jogo ficou no 0 a 0. Foi jogo nervoso, pois Coutinho escalou o jogador Chicão (falecido em 2008) para intimidar os argentinos com um jogo duro e de marcação. Mas este empate seria fatal para o Brasil. Na última rodada, a equipe venceu tranquilamente a Polônia por 3 a 1. Com este resultado, restava à Argentina vencer o Peru por 4 gols de diferença. Uma vantagem considerável, pois desde que César Luis Menotti se tornara técnico da seleção, os alvi-celestes jamais tinham vencido um jogo por mais de 3 gols. O Peru, literalmente, abriu mão do direito de jogar, e levou suspeitíssimos 6 a 0. Uma curiosidade: o goleiro peruano, Ramón Quiroga, era argentino de nascimento, e falhou em vários gols.
Ao Brasil, restou vencer a Itália na decisão de 3º lugar com um golaço de Nelinho, onde a bola fez uma curva improvável e surpreendeu o experiente goleiro Dino Zoff. O outro gol foi marcado por Dirceu, o grande destaque verde-amarelo no torneio.
                                                                        
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Daniel Passarella (ao centro) ergue a taça conquistada na Copa do Mundo de 1978 com Leopoldo Luque (à esquerda) e Osvaldo Ardiles (à direita)
Na grande final, num Estádio Monumental de Nuñez lotado, os donos da casa queriam a revanche de 1974 e o título em 78! A Argentina pressiona e Mario Kempes abre o placar. Os holandeses empatam com um belo gol de cabeça de Dirk Nanninga. Aos 45 do segundo tempo, um susto para os argentinos: Rensenbrink acerta a trave de Fillol, para alívio geral nas arquibancadas. Na prorrogação, a Argentina atropela os Laranjas com dois gols - Kempes, de novo, e Bertoni, vingando a derrota de 4 x 0 sofrida na Copa de 74. Para encerrar o controvertido certame, o emblemático Coutinho, treinador da seleção brasileira, soltou mais um de seus malabarismos linguísticos: "Nós somos os campeões morais desta Copa!". Todavia, o título real ficou mesmo com a Argentina.
CuriosidadesPela primeira vez, as seleções ostentaram o logotipo do fabricante no uniforme.
·         Foi a primeira Copa em que a Argentina usou o escudo da AFA, Associação de Futebol Argentino no uniforme, nas Copas anteriores a camisa albiceleste estava sem o devido escudo.
·         Foi a última Copa em que 16 seleções participariam da fase final. A partir do Mundial da Espanha, em 1982, seriam 24 seleções.
·         O Brasil utilizou dezessete dos 22 jogadores inscritos. Apenas quatro disputaram todos os jogos completos: Leão, Oscar, Amaral e Batista.
·         Para disputar suas sete partidas, o Brasil percorreu 4.659 quilômetros pela Argentina. Já a Argentina percorreu apenas 618.
·         A Seleção Francesa tentou, sem êxito, boicotar a sua ida a Copa em resposta ao assassinato de freiras francesas por parte do Regime Militar.
·         Na decisão entre as seleções da Argentina e Holanda, um torcedor de 49 anos sofreu um ataque cardíaco no momento em que atacante neerlandês Rob Rensenbrink acertara a trave do goleiro argentino Ubaldo Fillol, porém foi socorrido a tempo de festejar a conquista inédita do título.
·         Os holandeses viraram de costas para o sanguinário ditador Jorge Rafael Videla na hora de receberem as suas medalhas de prata.
·         Esta Copa protagonizou o segundo escândalo de doping da história do torneio. O meia escocês Johnstone foi flagrado nos exames antidoping na partida em que sua seleção foi derrotada pelo Peru por 3x1. Johnstone, após o anúncio do doping, e de seu desligamento da delegação, fez as malas, e voltou para casa mais cedo. Depois do episódio, ele nunca mais foi convocado pelaEscócia em competições internacionais.
·         No jogo Brasil e Suécia na 1ª fase, o jogo estava empatado em 1x1 até os acréscimos no final da partida, quando houve um escanteio a favor do Brasil. Quando o escanteio foi cobrado, o meia brasileiro Zico subiu de cabeça, e marcou o que seria o gol da vitória brasileira.                                                                                                               

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   Estranhamente, o juiz galês Clive Thomas encerrou o jogo, para desespero do time brasileiro. Sua alegação foi que ele terminara o jogo com a bola no ar. O time brasileiro entrou com duas representações contra o juiz na Comissão de Arbitragem e no Comitê Disciplinar da FIFA. O juiz foi afastado, e nunca mais apitaria uma partida de Copa.
·         Eliminadas na primeira fase, as seleções da França e da Hungria proporcionaram um verdadeiro papelão, sendo que a França, em protesto contra as más arbitragens, entrou também de camisa branca, pois a mesma estava sorteada para os húngaros, o árbitro do jogo, o brasileiro Arnaldo César Coelho, se recusava a começar a partida, enquanto a questão dos uniformes não estivesse resolvida, os jogadores da França acabaram sendo obrigados a jogarem com uniformes verdes listrado de branco, cedidos as pressas por um time amador, o Kimberley, os franceses venceram por 3x1.
·         O jornal inglês Sunday Times denunciou que os argentinos estavam fraudando os testes antidoping. Diziam que a urina para os exames após cada partida não era fornecida pelos jogadores, que inferiam fortes doses de anfetaminas. Um homem teria sido contratado só para urinar.
·         O jogador Rob Rensenbrink da seleção neerlandesa, marcou o gol 1000 da história da Copa do Mundo, convertendo um penalti, no jogo Escócia 3x2 Países Baixos.
·         A seleção da Tunísia tornou-se a primeira seleção africana a ganhar uma partida de Copa do Mundo, batendo o México por 3x1. AsÁguias de Cartago conseguiram ainda um empate em 0 a 0 com a Alemanha Ocidental, então campeã do mundo.
·         O Brasil se autoproclamou "campeão moral" por ter sido a única seleção invicta da Copa e porque o goleiro do Peru, Quiroga, teria facilitado a partida contra a Argentina. A Argentina precisava ganhar de uma diferença superior a quatro gols. Ganhou de 6 a 0. Além disso, Quiroga nasceu na Argentina e naturalizou-se peruano.
·         Atendendo a pedidos das emissoras de TV argentinas que alegaram estarem se adaptando a era do canal a cores, novidade da época na vizinha Argentina, a FIFA repentinamente alterou o horário dos jogos decisivos do Grupo B das semifinais da Copa de 1978: sendo que o jogo Brasil x Polônia seria disputado no horário vespertino, e o jogo Argentina x Peru no horário noturno, o selecionado argentino entrou em campo praticamente com o resultado em mãos.
·         Fernando Rodríguez Mondragón, filho de um chefe do tráfico de drogas Colombiano, declarou em 2007 à Rádio Caracol(Colômbia) que o desarticulado cartel de Cáli subornou a seleção do Peru, com uma cifra não revelada, para que deixasse a seleção da Argentina ganhar o decisivo jogo da segunda fase. A Argentina se classificou tendo os mesmos pontos que o Brasil, mas com melhor saldo de gols.



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Foi a primeira edição da Copa que o Brasil terminou sem ser derrotado e não foi campeão, tal feito se repetiria em 1986, onde foi eliminado pela França nas quartas de final; nessa copa a Argentina novamente viria a ser campeã.
·         Houve rumores de que a Ditadura Militar argentina desejava o título a todo custo, o que segundo algumas pessoas, explicaria boa parte dos episódios estranhos ocorridos durante a Copa. A comemoração da imensa torcida argentina pela vitória de 6x0 sobre o Peru serviu para acabar com os protestos das Mães da Praça de Maio, que buscavam informações dos filhos desaparecidos, pois os mesmos haviam feito vários protestos contra o governo militar do país.

 Durante o ano de 1978, para facilidade de acesso aos cursospré vestibular, Sybele e Mercês mudaram de pouso e foram hospedar-se com a família de Benevaldo Oliveira Rocha.
Foi um ano de muita assistência às garotas, incentivando-as para que conseguissem sucesso no vestibular. Sybele conseguiu aprovação em Administração Pública, enquanto Mercês foi aprovada em Química Industrial.

                                                                             

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