Outubro, já no Brasil, começou quente. Primeiramente a vitória de Luciano Mascarenhas sobre a turma que nele não acreditava, desde o falecimento do seu pai Tonhe Gordo.
Para nós da família Alves Dias , o melhor acontecimento do mês, surgiu justamente após a passagem das duas primeiras semanas de outubro. No dia 22, nascia a nossa penúltima neta, que foi registrada com o nome de Sofia, sendo filha de Dino e Salustia.
Naquele mesmo dia, já estava pronto, como o fiz mais tarde, a ligar ao meu amigão de longas datas,Jamil Almeida Bagdede.Foi um bate papo telefônico daqueles de durar mais de vinte minutos, onde revisamos vários assuntos a contar desde os nossos velhos tempos da adolescência.
O tempo correu. Como sempre faço todos os anos,iniciei uma bateria enorme de exames, de sangue, com mais de vinte itens, de urina de fezes, eletro, de próstata( este, os machos conhecem. É ele mesmo, o do dedinho)Os resultados, num cômputo geral, até que não foram maus.Entretanto em 2009, deveria repetir alguns, para a consciência ficar mais tranquila.Mas, eis que aproximando-se o final de abril, numa bela tarde de domingo a coisa ficou quase preta. Corri ao Hospital Regional e naquele local, não consegui resolver a situação. Ubiramar e Guguinha, disseram:
==Vamos avisar a Dino primeiro e em seguida iremos a Conquista pra resolver o seu caso.
Nós quatro entramos no Corsa e em pouco mais de 35 minutos chegávamos à porta de um dos Hospitais daquela Cidade.Com o caso explicado. não havia médico disponivel para o meu atendimento. Já passava um pouco da meia noite, quando a moça atendente nos disse que o médico só viria pela manhã. Gente se fosse um caso de morte, nesta altura do campeonato, o Papai aqui,. já estaria batendo papo com São Pedro. Dino ,como médico, ficou fulo de raiva e fomos procurar um outro Hspital.Rapidamente acionaram um colega de Dino, mas dentro da área que nós estávamos necessitando.Nos exames preliminares ele já constatou que nos proximos dias, eu deveria ser submetido a um ato cirúrgico.Esvasiou-se a bexiga o que me deu um alivio dentro daquelas quase dez horas de agonia.
Fiquei quase uma semana em Poções, aguardando o dia da cirurgia da próstata.
Mas o dia chegou. 30 de abril de 2009.Equipe reunida em minha volta, com Dino ali na expectativa.Cirurgia perfeita. Tudo correu bem até que a pressão começou a cair. E foi caindo até começar a chegar a niveis preocupantes. A máxima andou ali pela casa dos30 a 40, enquanto a mínima foi chegando a zero mansamente.Os colegas mais afoitos foram batendo no ombro de Dino, dizendo:
==É colega foi pena termos perdido o seu pai.
==Dino colega, estava indo tudo tão bem. Que pena!
Dona Nó inocentemente nada sabia do que estava acontecendo.
223
Alguém falou:
==Removam o corpo para outra maca, pois aqui na sala cirúrgica nada mais temos a fazer.
E foi nesse exato momento que tudo mudou.
Quando dois técnicos em enfermagem prepararam a outra maca apara fazer a mudança, ao removerem o meu corpo, sentiram qualquer movimento de vida e aí praticamente gritaram:
==O homem está vivo!!!
E foi aquele corre-corre!!!
==Ligeiro ! vamos leva=lo a UTI !
E naquele movimento, o Papai ficou naquela UTI, durante 23 dias, sem saber o que estava se passando em sua volta.
Dona Nó, assim que soube das primeiras notícias, começou a rezar. E diga=se de passagem, que as rezas de Dona Nó,são tão fervorosas, que ela sempre alcança o que pede.
Entretanto, lá pelo décimo sexto ou décimo sétimo dia ininterrupto de UTI, durante a madrugada, acordei.Foi como se estivesse sonhando. Ao acordar, senti que Dino e Salustia , achavam-se sentados numas poltronas, assistindo a um filme, num cinema existente em Planalto
Fazia um frio tremendo.Uma zuadinha intermitente, quebrava sempre o silêncio naquele salão envolto em penumbra.Quando o dia amanheceu , logo cedo, duas enfermeiras fortes, chegaram onde eu estava e uma delas disse:
==Já que o senhor acordou, irá saber agora como é que se toma "banho de gato."
Foi um banho interessante.Continuei deitado, mas uma delas,sempre me deslocava o corpo para a direita ou para a esquerda, conforme elas seguiam na continuação do meu banho.Em certos momentos, o frio aumentava de modo que eu ficava todo arrepiado.
Não havia alimentação diretamente pela boca.Todos aqueles tubos em minha volta, tinham cada qual a sua participação especial.e por ali fui alimentado mesmo estando desacordado por dezesseis dias.
Até no dia que foi tirada uma sonda da região onde foi feita a cirurgia, participei solenemente.
Mas à medida que os dias foram passando, comecei e receber as visitas, embora rápidas de Nó,Têde, Guga, Ninha, Salustia e outras pessoas do nosso convivio mais próximo.
Meses depois ao tocar no assunto que sempre Nó queria evitar de falar ou comentar, ela se expressou assim:
==Dy, você não imagina o nosso sofrimento ao vê=lo ali naquela cama, somente respirando. Eu segurava em sua mão, beijava sua testa e o meu conforto era de saber que você continuava vivo, Houve um dia , justamente no domingo " Dia das Mães ",que Guga e eu saímos de lá apavoradas, com a atitude de um médico que ali estava de plantão.
224
Nós chegamos para uma das visitas rotineiras e na nossa saída, ele nos disse:
==Não esbocem essa tola alegria, só porque hoje é dia das mães.Ele continua na UTI e pode melhorar ou não.
Mas o individuo que passa dias ou meses na UTI. está sujeito através de sua família, a ouvir algumas baboseiras ditas por alguém, como foi o caso daquele médico que não estava preparado para ocupar um espaço maquele local.
O tempo correu. Como sempre faço todos os anos,iniciei uma bateria enorme de exames, de sangue, com mais de vinte itens, de urina de fezes, eletro, de próstata( este, os machos conhecem. É ele mesmo, o do dedinho)Os resultados, num cômputo geral, até que não foram maus.Entretanto em 2009, deveria repetir alguns, para a consciência ficar mais tranquila.Mas, eis que aproximando-se o final de abril, numa bela tarde de domingo a coisa ficou quase preta. Corri ao Hospital Regional e naquele local, não consegui resolver a situação. Ubiramar e Guguinha, disseram:
==Vamos avisar a Dino primeiro e em seguida iremos a Conquista pra resolver o seu caso.
Nós quatro entramos no Corsa e em pouco mais de 35 minutos chegávamos à porta de um dos Hospitais daquela Cidade.Com o caso explicado. não havia médico disponivel para o meu atendimento. Já passava um pouco da meia noite, quando a moça atendente nos disse que o médico só viria pela manhã. Gente se fosse um caso de morte, nesta altura do campeonato, o Papai aqui,. já estaria batendo papo com São Pedro. Dino ,como médico, ficou fulo de raiva e fomos procurar um outro Hspital.Rapidamente acionaram um colega de Dino, mas dentro da área que nós estávamos necessitando.Nos exames preliminares ele já constatou que nos proximos dias, eu deveria ser submetido a um ato cirúrgico.Esvasiou-se a bexiga o que me deu um alivio dentro daquelas quase dez horas de agonia.
Fiquei quase uma semana em Poções, aguardando o dia da cirurgia da próstata.
Mas o dia chegou. 30 de abril de 2009.Equipe reunida em minha volta, com Dino ali na expectativa.Cirurgia perfeita. Tudo correu bem até que a pressão começou a cair. E foi caindo até começar a chegar a niveis preocupantes. A máxima andou ali pela casa dos30 a 40, enquanto a mínima foi chegando a zero mansamente.Os colegas mais afoitos foram batendo no ombro de Dino, dizendo:
==É colega foi pena termos perdido o seu pai.
==Dino colega, estava indo tudo tão bem. Que pena!
Dona Nó inocentemente nada sabia do que estava acontecendo.
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Alguém falou:
==Removam o corpo para outra maca, pois aqui na sala cirúrgica nada mais temos a fazer.
E foi nesse exato momento que tudo mudou.
Quando dois técnicos em enfermagem prepararam a outra maca apara fazer a mudança, ao removerem o meu corpo, sentiram qualquer movimento de vida e aí praticamente gritaram:
==O homem está vivo!!!
E foi aquele corre-corre!!!
==Ligeiro ! vamos leva=lo a UTI !
E naquele movimento, o Papai ficou naquela UTI, durante 23 dias, sem saber o que estava se passando em sua volta.
Dona Nó, assim que soube das primeiras notícias, começou a rezar. E diga=se de passagem, que as rezas de Dona Nó,são tão fervorosas, que ela sempre alcança o que pede.
Entretanto, lá pelo décimo sexto ou décimo sétimo dia ininterrupto de UTI, durante a madrugada, acordei.Foi como se estivesse sonhando. Ao acordar, senti que Dino e Salustia , achavam-se sentados numas poltronas, assistindo a um filme, num cinema existente em Planalto
Fazia um frio tremendo.Uma zuadinha intermitente, quebrava sempre o silêncio naquele salão envolto em penumbra.Quando o dia amanheceu , logo cedo, duas enfermeiras fortes, chegaram onde eu estava e uma delas disse:
==Já que o senhor acordou, irá saber agora como é que se toma "banho de gato."
Foi um banho interessante.Continuei deitado, mas uma delas,sempre me deslocava o corpo para a direita ou para a esquerda, conforme elas seguiam na continuação do meu banho.Em certos momentos, o frio aumentava de modo que eu ficava todo arrepiado.
Não havia alimentação diretamente pela boca.Todos aqueles tubos em minha volta, tinham cada qual a sua participação especial.e por ali fui alimentado mesmo estando desacordado por dezesseis dias.
Até no dia que foi tirada uma sonda da região onde foi feita a cirurgia, participei solenemente.
Mas à medida que os dias foram passando, comecei e receber as visitas, embora rápidas de Nó,Têde, Guga, Ninha, Salustia e outras pessoas do nosso convivio mais próximo.
Meses depois ao tocar no assunto que sempre Nó queria evitar de falar ou comentar, ela se expressou assim:
==Dy, você não imagina o nosso sofrimento ao vê=lo ali naquela cama, somente respirando. Eu segurava em sua mão, beijava sua testa e o meu conforto era de saber que você continuava vivo, Houve um dia , justamente no domingo " Dia das Mães ",que Guga e eu saímos de lá apavoradas, com a atitude de um médico que ali estava de plantão.
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Nós chegamos para uma das visitas rotineiras e na nossa saída, ele nos disse:
==Não esbocem essa tola alegria, só porque hoje é dia das mães.Ele continua na UTI e pode melhorar ou não.
Mas o individuo que passa dias ou meses na UTI. está sujeito através de sua família, a ouvir algumas baboseiras ditas por alguém, como foi o caso daquele médico que não estava preparado para ocupar um espaço maquele local.
·
Sonda vesical - Em pacientes inconscientes ou que
necessitam controle rígido da diurese (volume urinário), é necessário
introduzir sonda na uretra (canal urinário) até a bexiga. A sonda é conectada
em bolsa coletora que fica ao lado do leito em locais baixos.
·
Médico intensivista: designação técnica do médico especializado e dedicado
exclusivamente ao atendimento do paciente internado nas Unidades Intensivas e
Emergenciais. Possui conhecimento clínico e cirúrgico amplo, capaz de
diagnosticar, medicar e realizar procedimentos complexos emergenciais. A
especialidade é definida como Medicina Intensiva, reconhecida mundialmente com
certificações específicas. Cabe a este profissional evoluir e medicar
diariamente os pacientes internados nos aspectos nutricionais, cardiológicos,
pulmonares, neurológicos entre outros. Responde integralmente na condução e
responsabilidade da Unidade como todo.
Esses dois itens coloquei propositadamente tendo em vista, que enquanto o primeiro item obedeceu cegamente às normas de uma UTI séria e oraganizada,o oposto veio cair justamente no outro que atendeu à minha esposa e filha, com aquela frase de despedida.
CALHORDA !!!
No dia 25 de maio, depois de várias visitas. mos dias antecedentes, fui liberado da UTI para fazer parte do internamento num dos apartamentos do Hospital, tendo aí a presença de um acompanhante, que no caso, foi a minha querida Nó.
A coisa melhorou em parte, mas a comida era intragável.
Depois de mais uma semana no apartamento, para as averiguações finais, fui liberado numa segunda feira, dia primeiro de junho.
225
Cheguei aqui em casa ,movido numa cadeira com rodas e ao me ver no espelho depois de quase 40 dias, quase me assusto com o meu rosto. Eu que saira daqui com 7o quilos, que sempre foi o meu normal, dentro das variações cabíveis e retornar com 55 quilos, é mesmo de estranhar,
À noite, que não poderia passar em branco,dedicamos uma parte do nosso tempo, numa reza em louvor a Santo Antônio, que é uma devoção que anossa família tem há mais de 150 anos.A imagem do Santo Antônio, que nós prezamos e guardamos com muito amor, vem passando de geração em geração, desde o principio do século XVII. Meu avô,Dr José da Silva Neves MaNTA,,por diversas vezes, já citado nesses escritos, recebeu por herança do pai dele e antes de falecer, a estátua, foi remetida de Salvador, para Mamãe,que continuou todos os anos a trezena compreendida entre primeiro a treze de junho.Vale ressaltar, que no meu tempo de criança, participei das rezas promovidas por vovô Manta, e não imaginava que num determinado dia , a imagem do meu querido Santo Antônio, viesse a fazer parte do meu santuário, onde Nó com muito carinho faz a sua devoção a São Cosme e Damião e muitos outros participantes de nossas comemorações.
No dia seguinte,falei a Nó e a Guga, que eu não iria mais me locomover dentro de casa ,através da cadeira com rodas. Todas as vezes que eu fosse andar de um local a outro, dentro de casa, elas me amparariam,Aproveitamos também a visita da nossa amiga Edinha e pedimos para que o filho dela, Anderson ,formado em fisioterapia, viesse aqui em casa para fazer uns exercicios, a fim de que eu pudesse melhorar o meu estado físico..
E ISSO ACONTECEU !!!
NUm belo dia de sol, Anderson chegou para mim e disse:
==Doutor, hoje o senhor irá subir aqueles degraus que levam ao pavimento superior.
Subi sozinho, mas confesso, com um medo incrível e confiante também, na pessoa de Anderson, que estava na mesma escada, num degrau logo abaixo,do meu. ..
E depois de mais alguns dias de treinamento fisioterapeutico, fui considerado capaz de caminhar copm as minhas próprias pernas..
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Depois de mais uma semana no apartamento, para as averiguações finais, fui liberado numa segunda feira, dia primeiro de junho.
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Cheguei aqui em casa ,movido numa cadeira com rodas e ao me ver no espelho depois de quase 40 dias, quase me assusto com o meu rosto. Eu que saira daqui com 7o quilos, que sempre foi o meu normal, dentro das variações cabíveis e retornar com 55 quilos, é mesmo de estranhar,
À noite, que não poderia passar em branco,dedicamos uma parte do nosso tempo, numa reza em louvor a Santo Antônio, que é uma devoção que anossa família tem há mais de 150 anos.A imagem do Santo Antônio, que nós prezamos e guardamos com muito amor, vem passando de geração em geração, desde o principio do século XVII. Meu avô,Dr José da Silva Neves MaNTA,,por diversas vezes, já citado nesses escritos, recebeu por herança do pai dele e antes de falecer, a estátua, foi remetida de Salvador, para Mamãe,que continuou todos os anos a trezena compreendida entre primeiro a treze de junho.Vale ressaltar, que no meu tempo de criança, participei das rezas promovidas por vovô Manta, e não imaginava que num determinado dia , a imagem do meu querido Santo Antônio, viesse a fazer parte do meu santuário, onde Nó com muito carinho faz a sua devoção a São Cosme e Damião e muitos outros participantes de nossas comemorações.
No dia seguinte,falei a Nó e a Guga, que eu não iria mais me locomover dentro de casa ,através da cadeira com rodas. Todas as vezes que eu fosse andar de um local a outro, dentro de casa, elas me amparariam,Aproveitamos também a visita da nossa amiga Edinha e pedimos para que o filho dela, Anderson ,formado em fisioterapia, viesse aqui em casa para fazer uns exercicios, a fim de que eu pudesse melhorar o meu estado físico..
E ISSO ACONTECEU !!!
NUm belo dia de sol, Anderson chegou para mim e disse:
==Doutor, hoje o senhor irá subir aqueles degraus que levam ao pavimento superior.
Subi sozinho, mas confesso, com um medo incrível e confiante também, na pessoa de Anderson, que estava na mesma escada, num degrau logo abaixo,do meu. ..
E depois de mais alguns dias de treinamento fisioterapeutico, fui considerado capaz de caminhar copm as minhas próprias pernas..
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